25 de setembro de 2006

Aos vinte e oito

Desejo pra mim paciência,
força, muita música,
beijo molhado, um trabalho agradável,
senão, tolerável sem muitos esforços.
Que eu não sofra com indecisões,
pesos na consciência,
coração partido em cacos minúsculos.
Em alguns pedaços, tudo bem, faz parte.
Que a morte fique muito longe da minha vida,
num raio de milhares de quilômetros.
Desejo disciplina para usar estes creminhos maravilhosos para a pele,
muito protetor solar,
água de coco baratinha na beira da praia.
Viagens legais.
Que eu não diga sempre a mais crua verdade, porque não é preciso.
Que eu não chore sempre que tenha vontade, porque não é preciso.
Que eu ame sempre e mais, porque é uma delícia.
Que meus olhos realmente não sintam o que o coração não vê,
porque não leva a nada.
Que o pôr-do-sol, o natal, o domingo,
Drão, pudim de leite condensado,
versos do Vinícius não me deixem melancólica,
não me façam sentir o mundo longe de mim.
Desejo ter muito desejo, sempre.

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