Se não é seguro, por que vou? Porque se não for, perco no
mínimo uma grande foda e no máximo uma tórrida paixão. Vou porque é quente,
porque me dá arrepios. Porque só de pensar em não ir me dá calafrios. Vou
porque quando me imagino indo, me vejo correndo de encontro a um precipício,
com o caminho mais delícia do mundo, e se vou cair ou me jogar quando chegar
lá, só saberei quando chegar lá. Vou porque minha pele me implora que vá. Cada
poro, cada pelo, cada canto, cada sonho. Todo dia, toda hora, tudo nisto. Minha
saliva dobrou de volume desde que existe a possibilidade da ida. Minhas mãos
batucam meu corpo, quase como que numa masturbação inconsciente. E, sim,
consciente também. Vou porque meus olhos te querem perto, de perto, mais perto.
Porque sonho com o peso dos teus tapas, das tuas mãos, com meus cabelos presos nelas,
com as tuas pernas enroscadas nas minhas, com a tua voz no meu ouvido, até com dormir de conchinha e todos os clichês que uma paixão tem direito. Porque quero te olhar lá debaixo. Te
ter, te dar, te servir, aceitar, engolir todos os teus instintos mais baixos e
invadir todos os teus sonhos de amor. Porque se eu for, ganho no mínimo grandes
fodas e no máximo a vivência breve de uma tórrida paixão.
Talvez eu vá porque nunca fui destas que ouvem a voz da
razão...
2 comentários:
Parece que foi escrito pra mim...
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